Brasileiro e Português lançam o dicionário ilustrado do Vinho do Porto

 

Mais de 250 anos de história de um vinho único, uma instituição nacional e que representa Portugal e o seu povo, estará refletido no novíssimo Dicionário Ilustrado do Vinho do Porto, da autoria de Manuel Pintão, Mestre fundador da Confraria do Vinho do Porto, e Carlos Cabral, reconhecido enófilo brasileiro.

O dicionário será apresentado no auditório do Instituto dos Vinhos do Douro e do Porto, no próximo dia 15 de Outubro, às 18h00, pelo presidente do Instituto dos Vinhos do Douro e do Porto, I.P. (IVDP), Manuel de Novaes Cabral.

Resultado de seis anos de pesquisa feita de ambos os lados do Atlântico, este Dicionário registra os eventos relevantes no vinho do Porto e na sua história, as personalidades, os regulamentos, as casas e os locais de produção, os vocábulos e nomes das ferramentas da tanoaria, bem como informação relacionada com a produção do “Néctar do Douro”. Além de fotografias e as ilustrações que se encontram nas quase 600 páginas do Dicionário.

Para o presidente do IVDP “este dicionário é uma forma diferente e apelativa de dar a conhecer a história, as estórias e as pessoas que construíram o vinho do Porto. Trabalhos como este são também um meio de promoção do vinho do Porto e, por isso, o IVDP é o local mais adequado para a sua apresentação. O fato de resultar da convergência de perspectivas de dois autores de diferentes países, Portugal e Brasil, traz valor acrescentado do mercado brasileiro que é muito importante para o vinho do Porto”.

Como traz na Introdução, este Dicionário “nasceu da paixão dos seus autores pelo vinho do Porto”, uma paixão que é vivida por milhões de pessoas em todo o mundo. É a essas pessoas, mas também a historiadores e pesquisadores, que se destina o Dicionário Ilustrado do Vinho do Porto, uma obra completa e única no mundo dos vinhos.

Embaixador dos Vinhos do Porto e Douro em todo o mundo, o Instituto dos Vinhos do Douro e do Porto (IVDP) é um instituto público, integrado na administração indireta do Estado, com jurisdição sobre todo o território nacional. A missão fundamental do IVDP é promover os vinhos do Porto e do Douro em Portugal e no mundo, garantir o controle da qualidade e quantidade dos vinhos do Douro e Porto, regulamentando o processo produtivo, bem como a proteção e defesa das denominações de origem Douro e Porto e da indicação geográfica Duriense à escala global.

 

Carlos Cabral e Manuel Pintão, na cidade do Porto, quando escreviam o Dicionário Ilustrado do Vinho do Porto.

Os Autores

Manuel Joaquim Poças Pintão é neto mais velho do negociante exportador de vinho do Porto Manoel Domingues Poças Júnior, nasceu em 24 de fevereiro de 1937. Completou o Curso Geral de Comércio na Escola Oliveira Martins, no Porto, em 1952 e nesse mesmo ano, a 7 de julho, começou a trabalhar na empresa. Por 45 anos visitou os clientes da firma, prospectando vários mercados na Europa, América do Norte, Brasil e Ásia. Foi vice-presidente da Associação dos Exportadores de Vinho do Porto (AEVP), em 1975/76, seu presidente em 1989/90 e presidente da Assembleia Geral da AEVP em 1995. É Mestre fundador da Confraria do Vinho do Porto e foi designado pela Revista Vinhos “Senhor do Vinho 2003”. Nomeado em 2005 membro do Conselho Consultivo do Instituto dos Vinhos do Porto e Douro. Em Dezembro de 2009 recebeu o Prémio Infante D. Henrique – Gastronomia.

Carlos Ernesto Cabral de Mello, nascido em São Paulo em 11 de Abril de 1950, iniciou o estudo dos vinhos em 1969. Idealizou e fundou a Sociedade Brasileira dos Amigos do Vinho (julho de 1980). Foi nomeado Cavaleiro da Confraria do Vinho do Porto, sendo o primeiro brasileiro a receber tal honra (maio de 1984). Pertence às Confrarias dos Vinhos da Bairrada, dos Vinhos do Alentejo, dos Vinhos da Madeira, do Vinho Periquita (Portugal) e à Academia Gustavins del Penèdes “St. Hubert” (Espanha). Autor dos livros: Presença do Vinho no Brasil, Porto, Um Vinho e sua Imagem e A Mesa e a Diplomacia Brasileira. Promovido a Infanção da Confraria do Vinho do Porto (janeiro de 2003). Até janeiro de 2011 realizou 43 visitas ao Porto/Douro e Vila Nova de Gaia.